Em 1922, a Fiat trocou o modelo Typo 3 pela linha 519, construída como sedã (Berlina), limusine, cabriolet de quatro portas e roadster.
Apenas quatro anos se passaram desde o fim da Primeira Guerra Mundial, e a economia italiana começou a se recuperar. A Fiat, estimulada pelas vendas em seu mercado doméstico, começou a se adaptar às necessidades do cliente melhor do que ninguém. Seus engenheiros desenvolveram novos motores e tecnologias capazes de tornar os carros mais fáceis de dirigir do que outras marcas. Mas o 519 não foi o sucesso que a empresa esperava.

Nos anos 20, os carros eram muito parecidos, mas a Fiat tentou fazer as coisas diferentes. Adotou um radiador em forma de V em vez dos quadrados já estabelecidos. Colocou as rodas sobressalentes nas soleiras laterais, atrás das rodas dianteiras, e construiu uma estufa com elementos retos e planos. Algumas versões apresentavam uma área aberta para o motorista e fechada para os passageiros traseiros (Coupe de Ville). Uma opção era a janela frontal basculante. A parte superior permitia que mais ar fresco entrasse na cabine.

A Fiat teve o cuidado de escolher uma boa qualidade de material para o interior. O carro foi oferecido com estofamento de couro ou com bancos de tecido.

A maior atualização foi para a parte técnica, onde os freios a tambor foram introduzidos para toda a gama. Outra atualização significativa foi encontrada no motor. Ele apresentava uma unidade de seis em linha com válvulas na cabeça. Foi acoplado a uma transmissão manual de quatro velocidades.