A F50 foi uma das Ferraris mais ultrajantes já feitas.
Ele transferiu as tecnologias da Fórmula 1 e as instalou em um veículo de rua.
A Ferrari construiu 349 unidades, mas vendeu apenas 348 delas. A montadora reservou o último para seu museu. Os engenheiros pegaram o motor de um carro de Fórmula 1 e o adaptaram para uso em estrada, aumentando seu deslocamento de 3,5 litros para 4,7 litros. A suspensão traseira estava presa ao motor, o que foi uma ideia incrível para deixar o carro mais leve.
O estilo do carro era único no mercado devido à sua enorme asa na parte traseira. A Pininfarina projetou o veículo com um par de aberturas de extração na tampa do compartimento dianteiro. O pacote aerodinâmico era intenso e produzia uma sustentação negativa para o carro, que era a principal razão pela qual o carro não conseguia fazer mais de 325 km/h.
No interior, a montadora abandonou as ideias do F40 e acrescentou alguns recursos de conforto, como maçanetas e bolsos nas portas. As janelas ainda estavam dobradas, sem opções de energia para elas. Os bancos tipo caçamba foram inspirados nas corridas com reforços altos e revestimento em Alcântara. Como era um supercarro, a Ferrari não considerou cobrir os elementos de fibra de carbono com couro ou outros materiais exclusivos.
Sob o capô, que ficava na traseira, a Ferrari instalou um motor V12 naturalmente aspirado acoplado a uma caixa manual de seis marchas. Produzia uns impressionantes 110 cv/litro, o que era um recorde para a época. Esse recorde foi quebrado alguns anos depois pelo Honda S2000 com 120 cv/litro.