O 166 MM pode ser um dos carros mais importantes da história da Ferrari, pois foi o carro que colocou a marca italiana no mapa do automobilismo.
Após a Segunda Guerra Mundial, a maioria das fábricas italianas sofreu com os bombardeios da guerra e os carros tiveram que ser construídos à mão. Enzo Ferrari e sua equipe não queriam parar seu sonho e estavam prontos para começar a construí-los. Mas ele não tinha intenção de construir veículos acessíveis. Seu sonho era construir carros de performance e de corrida.

Para o 166 MM, Enzo Ferrari escolheu uma carroceria tipo Barchetta. Apresentava dois pequenos pára-brisas na frente de cada ocupante. O do passageiro poderia ter sido dobrado para reduzir o arrasto durante a corrida. Os faróis redondos baixos e o capô esculpido permitiam ao motorista ver bem de perto a frente do carro. Com sua forma arredondada, o 166 MM podia cortar o ar com menos turbulências. Apresentava grandes rodas com fio e uma linha de cintura em forma de onda.

O interior era grande o suficiente para dois ocupantes, com uma alavanca de câmbio montada no piso. Cinco mostradores foram instalados no centro do painel de instrumentos, com um grande tacômetro à direita e o velocímetro à esquerda. No meio, em um aro redondo cromado, estavam o amperímetro, o nível de combustível e os mostradores de temperatura do líquido de arrefecimento. Um pequeno espelho retrovisor adornava a parte superior do painel, bem entre os pára-brisas.

O 166 MM apresentava o novo motor V12 de 2,0 litros com árvores de cames no cabeçote e alimentado por 3 carburadores Webber. Foi acoplado a uma caixa manual de 5 velocidades.