Em 1976, o Countach era o Lamborghini mais famoso, mas a empresa já tinha um dono diferente depois que Ferrucio Lamborghini vendeu suas participações na empresa em 1974.
A Lamborghini estava com problemas com uma nova crise do petróleo no horizonte e não havia muitos clientes dispostos a pagar por um supercarro. A ideia de um modelo de entrada, o Uracco, era boa, mas ainda assim, o carro era muito caro para os europeus. Nos EUA, muitos clientes estavam dispostos a pagar caro por um supercarro, que não fosse a Ferrari, mas a montadora de Sant’Agata Bolognese não tinha nenhum modelo homologado na América. A gestão tomou a decisão ousada de construir um novo modelo que pudesse cumprir as rígidas regulamentações americanas, e esse foi o Silhouette.

Tudo começou com um carro-conceito desenhado pela Carrozeria Bertone e apresentado no Salão Automóvel de Genebra de 1976. A Lamborghini aceitou o desafio e o construiu em cima da plataforma da Urraco. Seu targa-top era a principal atração para seus clientes. Ao instalar novos pára-choques no carro, que obedeceu à regra de 5 mph, e ajustar o veículo às regras dos EUA, o carro estava pronto para cruzar o Atlântico.

No interior, o carro apresentava um volante único com um lado central profundo e quatro raios. A Lamborghini encheu o painel de instrumentos de aparência angular com medidores e mostradores. Além disso, a montadora também instalou um grande lembrete de cinto de segurança vermelho. O Silhouette apresentava um estéreo sintonizado para as estações de rádio dos EUA e, mais baixo, duas saídas de ar redondas na pilha central. O interior revestido de couro e os materiais de aparência luxuosa convenceram os clientes americanos a comprá-lo. A Lamborghini produziu apenas 54 unidades, mas essas fizeram a diferença para a sobrevivência da empresa até 1978, quando a Chrysler notou a montadora e a comprou.